O desempenho do comércio por ocasião do Dia das Mães ficou aquém do esperado, apesar da decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre fogões, máquinas de lavar, geladeiras e tanquinhos, para impulsionar as vendas desses itens de maior valor.
Duas pesquisas divulgadas esta semana indicam o pífio resultado do comércio. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio cresceu 1,9% na semana que antecedeu o Dia das Mães deste ano ante o mesmo período de 2008. Foi a menor taxa de crescimento de vendas nacionais desde 2002, quando a alta havia sido de 1%. Em 2008, o desempenho do Dia das Mães foi 7,7% maior, na comparação com o ano anterior.
Já a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta de que a média diária de consultas para vendas a prazo no maior mercado consumidor do País caiu 12,5% entre 1º e 10 deste mês, em relação a 2008. Nas vendas pagas com cheque, o recuo foi 3,2%, na mesma comparação. "A crise é de crédito. O máximo que dá para falar é que o corte no IPI ajudou a diminuir o ritmo de queda", afirmou o economista da ACSP, Emílio Alfieri.
A Casas Bahia, por exemplo, líder do varejo de móveis e eletrodomésticos e cujas vendas são concentradas no crediário, registrou retração de 17% nos negócios do Dia das Mães deste ano em relação à mesma data de 2008. No caso da linha branca [ fogões, lavadoras, geladeiras, tanquinhos] e de itens que não tiveram IPI reduzido, o recuo foi de 18%.
Veículo: DCI