Supermercados, farmácias e perfumarias alavancaram a retomada de empregos no varejo de São Paulo em julho, com a criação de 2.110 postos de um total de 36.936 empregos formais, segundo a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). O mês registrou alta de 0,6% em relação a junho. Comparado a julho de 2008, o crescimento no número de empregos foi de 4,5%.
No mês em questão, 36.939 profissionais foram admitidos enquanto 32.036 foram demitidos. Isso equivale a um saldo positivo de 4.903 vagas, o melhor resultado desde novembro do ano passado, que teve saldo de 7.346 vagas.
Ao lado de supermercados e farmácias, lojas de vestuários, tecidos e calçados, comércios de móveis e decorações foram os setores com maior absorção de mão de obra.
A análise da federação, baseada na pesquisa do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho), mostrou que as novas contratações foram impulsionadas pela alta das vendas em julho nos supermercados (15,9%), nas farmácias e nas perfumarias do Estado (12,8%).
Para a Fecomercio, a alta indica a recuperação progressiva do comércio varejista de São Paulo, com aumento na geração de empregos pelo quarto mês consecutivo. "Os dados mostram uma superação da crise e evidenciam uma tendência na criação de vagas, que deve continuar com a retomada da indústria", diz o economista Guilherme Dietze, da Fecomercio.
Segundo ele, os índices positivos demonstram o retorno da confiança do consumidor no país. "Ele está voltando às compras, estimulado pela isenção fiscal do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), pela redução da taxa de juros no crédito e pelo rendimento acima da inflação.
Nem a queda das vendas nos setores de comércio automotivo e materiais de construção afetaram as contratações. Os segmentos criaram 116 e 502 novos postos, respectivamente.
Veículo: Agora S.Paulo