Em relação à reportagem abaixo, o Sonda esclarece:
Em 2011, a companhia registrou faturamento bruto de R$ 1,8 bilhão e para 2012 a projeção é de R$ 2,1 bilhões.
Quanto à aquisição de lojas, o Sonda informa que não adquiriu as redes Economax e Sim Supermercados, e sim, três unidades de cada rede. As redes Economax e Sim Supermercados continuam existindo.
Sonda compra lojas de duas redes em São Paulo
A rede Sonda Supermercados adquiriu os pontos de duas pequenas cadeias de varejo de São Paulo, Economax e Sim Supermercados (antiga rede Simonica). Foram compradas três lojas de cada empresa, sendo que deste total de seis unidades, quatro serão transformadas em lojas com a bandeira Cobal, varejista controlada pelo grupo Sonda e voltada para as classes C e D.
O acordo com os controladores das lojas Sim foi fechado na segunda quinzena de dezembro e nesta quarta-feira, o Sonda assinou o contrato de compra dos pontos da Economax, de propriedade do grupo Ricoy, varejista que opera com diferentes bandeiras de lojas em São Paulo. O grupo Sonda confirma a informação, mas não dá detalhes a respeito do valor da aquisição.
"Nós não queremos marcas, isso nós temos. O que nos interessa são os pontos", diz José Barral, presidente do Sonda. As bandeiras Economax e Sim vão desaparecer.
As negociações são importantes para o projeto de crescimento do Sonda em 2012. Este grupo planeja abrir, no mínimo, 10 lojas de supermercados neste ano, sendo que a metade podem ser de unidades da Cobal. Há 21 lojas da bandeira Sonda na capital paulista, região metropolitana e ABC paulista.
Adquirida em 2008, a Cobal soma três pontos de venda e registra expansão mais tímida. Em 2011, o grupo não inaugurou novas lojas das duas cadeias de varejo e focou a operação em uma série de ajustes internos - como revisão de despesas e custos fixos, por exemplo, e manutenção de investimentos na área de marketing da cadeia, para fortalecer a marca em São Paulo.
A varejista contratou Barral em 2010 com o intuito de profissionalizar o comando da empresa, fundada pela família de mesmo nome. Barral, que estava antes no Assaí, manteve o quadro de diretores da empresa, formado por integrantes da família, e reorganizou o organograma. Nessa reorganização está incluída a futura contratação de dois vice-presidentes - provavelmente um da área comercial e outro operacional - que devem ficar abaixo do presidente da rede.
Existe ainda uma possibilidade de novas aquisições de pontos em São Paulo ainda neste ano, na avaliação da rede. "Nós olhamos o que nem sempre todo mundo está olhando. Aí aparecem bons negócios", diz Barral, que nega qualquer possibilidade de venda do Sonda Supermercados.
Em 2011, a companhia registrou faturamento bruto de cerca de R$ 2,1 bilhões, com expansão de 16,5% nas vendas em relação ao ano anterior. Ao se descontar a inflação, a taxa de crescimento real (considerando-se o mesmo número de lojas) atinge 10%, acima da expansão média desse mercado de varejo alimentar em 2011.
A expansão foi registrada com base no mesmo volume de pontos em operação em 2010, já que a companhia não fez novas aberturas de lojas em 2011. Para 2012, a varejista espera registrar alta de 12% nas vendas brutas, abaixo do índice do ano anterior por conta da base alta de comparação em 2011.
A rede Sonda Supermercados começou a se formar na década de 60, quando a família Sonda passou a vender produtos alimentícios, tecidos e implementos agrícolas para agricultores da região Sul do Brasil. No final da mesma década, a família mudou-se de Erval Grande (RS) para a cidade de Erechim (RS) e em 1970, instalou-se em São Paulo, no bairro do Brás, montando um pequeno comércio atacadista.
A rede inaugurou o primeiro supermercado em 1974, em Erechim e uma segunda unidade em 1980, em São Paulo. Também fazem parte do grupo a Sonda Participações (que administra o banco de imóveis do grupo e sua participação nos shoppings Anália Franco e Boavista) e duas fazendas.
Veículo: Valor Econômico