Alpargatas vai abrir nova fábrica no Brasil

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Sexta unidade atenderá as linhas de sandálias e esportivos


  
A forte expansão nas vendas da Alpargatas nos últimos anos leva a companhia a construir uma nova fábrica no Brasil - a sexta unidade do grupo no país. A empresa avalia os locais possíveis para a instalação, mas está definido que a unidade deve ficar no Brasil - a Alpargatas também possui sete fábricas na Argentina e uma no Uruguai. A nova unidade não fabricará um produto final, mas atenderá as linhas de produção de sandálias e de calçados esportivos.

 

"Precisamos de uma nova planta e não queremos começar a investir quando já estivermos com 90% ou 95% de uso da nossa capacidade instalada", disse ontem ao Valor Márcio Utsch, presidente da Alpargatas, controladora de marcas como Havaianas, Topper, Rainha e Dupé.

 

"Ainda estamos analisando locais para a abertura da unidade e ainda não é possível confirmar se ela ficará integrada a nossas outras fábricas [todas localizadas em estados do Nordeste]. Isso será informado mais à frente", observou o executivo.

 
 
As fábricas da Alpargatas no Brasil estão em Natal (RN), João Pessoa (PB), Santa Rita (PB), Campina Grande (PB) e Carpina (PE).

 

O Valor apurou que a ideia é ter a fábrica em operação até o final de 2012. Será a 14ª unidade fabril do grupo, que reúne hoje uma boa soma em caixa "tanto para a compra de alguma marca como para investimento fabril", diz o presidente do grupo, que em 2007 adquiriu a Dupé e, neste ano, concluiu a compra de 70,2% do capital da Alpargatas na Argentina.

 

Em 30 de junho de 2010, a companhia apresentava saldo de caixa de R$ 463,3 milhões, montante 136,5% superior ao verificado em 30 de junho de 2009.

 

Nos planos da Alpargatas, ainda está a abertura de 500 lojas da Havaianas no Brasil até o ano de 2014. Atualmente, há 83 pontos de venda da marca no país - de um total de 138 lojas de todas as marcas do grupo. Nesse projeto de expansão, a abertura pode incluir novos pontos no formato de franquia ou lojas próprias, mas a preferência é pelo modelo com franqueados. "Isso tira da marca os custos que existem numa operação no varejo", afirma o executivo.

 

O presidente ainda informou ontem que avançou no projeto de reorganização da cadeia logística e de suprimentos. "Vamos trabalhar de maneira muito mais focada nessa área. Tudo o que tínhamos foi revisto e vamos implementar mudanças a partir de setembro", afirmou Utsch.

 

Ele cita, por exemplo, a forma como a empresa irá trabalhar a questão dos estoques. "Queremos fornecer para cada cliente do atacado ou do varejo exatamente o que ele precisa. Vender o que gera valor para ele e não o que a empresa quer vender. Precisamos melhorar o tipo de serviço que prestamos para ele".

 

Para que os projetos que exigem mais capital evoluam, a companhia lembra que a sua atual posição de caixa é "confortável" e reflexo dos resultados operacionais do grupo. "O maior ingresso de caixa nos últimos 12 meses deveu-se ao lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que acumulou R$ 386,5 milhões no período em razão do bom desempenho operacional da companhia", informa o balanço do segundo trimestre.

 

A companhia encerrou o período de abril a junho com lucro líquido de R$ 84,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,4 milhão registrado no mesmo período do ano passado. No semestre, o valor cresceu 765% sobre o ano anterior. A receita líquida de janeiro a junho superou R$ 1 bilhão, com expansão de 19%. A Alpargatas tinha ontem um valor de mercado superior a R$ 2,9 bilhões, segundo dados da Economática, quase o dobro do R$ 1,5 bilhão da Vulcabras, e acima dos R$ 2,2 bilhões da Grendene.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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