As lojas de brinquedos de Belo Horizonte estão otimistas quanto ao aumento da demanda para o Dia das Crianças. Com um incremento de 5% a 10% nas vendas no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2011, as varejistas esperam aumento nas vendas entre 10% e 15% ante a mesma data no ano passado. O tíquete médio estimado pelas empresas deve ficar entre R$ 20 e R$ 105. Com proposta diversificada, as lojas de brinquedos pedagógicos são destaque do segmento.

O responsável pelo marketing da Zastras Brinquedos, que tem loja no Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte, Rafael Morais Dias, confirma que o estabelecimento ja recebe pedidos visando ao Dia das Crianças. A loja, que faz estoque para a data, tem uma filosofia diferente. "Trabalhamos com uma linha mais pedagógica de brinquedos, por isso não vendemos brinquedos eletrônicos", explica.

Dias revela que a expectativa para a data comemorativa neste ano é de incremento entre 10% e 15% ante o mesmo período de 2011. "Como trabalhamos com brinquedos diferentes dos tradicionais, uma linha de produtos mais nobres, nossa expectativa de aumento nas vendas não é tão grande, porque esses produtos têm valor diferenciado".

Ainda segundo Dias, o maior poder de compra da população deve interferir positivamente nos negócios. "As pessoas estão com acesso maior ao crédito, o que é benéfico para nós", acrescenta. Dias ressalta também que as pessoas estão mudando a visão sobre os brinquedos pedagógicos, aceitando e comprando mais este tipo de produto. " uma questão cultural e isso já tem mudado muito" explica.

Também com proposta de oferecer brinquedos pedagógicos, o proprietário da Boneco De Pau, loja no São Pedro, na região Centro-Sul da Capital, Emerson Andrade, acredita que os pais estão buscando mais os produtos educativos para seus filhos por causa das escolas. "Hoje as escolas pedem e incentivam os brinquedos pedagógicos", afirma. Ele acredita que neste Dia das Crianças a loja terá aumento nas vendas também entre 10% e 15% com relação ao mesmo período do ano passado.

"O Dia Das Crianças é a segunda melhor data para as lojas de brinquedo, perdendo apenas para o Natal", revela. Ele conta que, no primeiro semestre deste ano, o estabelecimento teve acréscimo nas vendas de 5% em relação aos primeiros seis meses de 2011. Ainda segundo Andrade, no ano passado o tíquete médio da loja ficou entre R$ 20 e R$ 30. "O mesmo que nos outros anos, o tíquete médio não tem alterado muito e esperamos o mesmo para este ano".

Andrade afirma que o estabelecimento vende poucos brinquedos fora da linha pedagógica. "Fora do pedagógico, são poucos os itens que oferecemos e atualmente até mesmo a embalagem conta muito na hora de vender. A criança gosta também da embalagem, não apenas do brinquedo", finaliza.


Potencial - Já no caso da Brinkel, no Padre Eustáquio, região Noroeste, o otimismo do proprietário, Altair Rezende, se deve ao trabalho de marketing que os próprios fabricantes e distribuidores de brinquedos têm feito, somado ao potencial de crescimento do setor no país. "Enquanto em nações de primeiro mundo uma criança ganha, em média, oito brinquedos por ano, aqui no Brasil esse número não passa de três. Temos muito espaço para crescer. E com o aumento da renda da população brasileira nos últimos anos, esse potencial aumenta ainda mais", afirma.

Desta forma, Rezende aposta em incremento de pelo menos 15% para o Dia das Crianças e da mesma ordem para o Natal de 2012, ante iguais períodos do ano anterior. Outro fator que, conforme o empresário, deverá impulsionar as vendas é o site da empresa, em operação desde o início deste ano.

Ele conta que o tíquete médio em 2011 foi de R$ 90. "Para este ano esperamos um valor entre R$ 100 e R$ 105. Este aumento deve-se ao fato de que de 60% a 70% dos nossos produtos são importados e com a alta do dólar, tivemos que aumentar os preços de alguns brinquedos", justifica.



Veículo: Diário do Comércio - MG