As altas temperaturas do inverno deste ano animaram fabricantes de sorvete, que tentam elevar a penetração em um mercado considerado ainda longe de seu potencial.
"O mercado local ainda tem muito espaço para crescer", diz Fernando Fernandez, presidente da Unilever no Brasil. Quando compara com o consumo das Filipinas, onde o executivo já atuou, a penetração do produto no Brasil é mais baixa, apesar de ter renda per capita maior.
Brasileiros associam sorvete a verão, diferentemente de europeus ou americanos, segundo Thaine Cal, da Jundiá.
"Normalmente percebemos queda maior de março a setembro. Mas, neste ano, não teve sazonalidade", diz.
As empresas não divulgam números. Informam apenas que estão em crescimento.
Para elevar o consumo, farão mais lançamentos. A Nestlé teve seis em 2011 e cinco neste ano, até agora. A Unilever fez 12 desde dezembro.
Para a Nielsen, porém, o segmento se desacelera ante o ano passado.
Um levantamento realizado de janeiro a abril mostra diminuição tanto no volume comercializado quanto no faturamento do setor.
"O verão de 2011 teve temperaturas mais altas. Alia-se a isso uma prática de preços agressiva por parte da indústria no ano passado", diz Ramon Cassel, da Nielsen.
Veículo: Folha de S.Paulo