Rodovias afetam o negócio dos atacadistas

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As chuvas intensas que atingiram Minas Gerais nos últimos dias estão prejudicando os negócios dos atacadistas, que não conseguem chegar a diversos pontos do Estado para fazer as entregas. Além disso, as constantes precipitações, que tornaram ainda mais evidentes os problemas das rodovias, contribuem para aumentar os custos com combustíveis e manutenção dos caminhões.

 

O diretor comercial da Embrasil, situado em Ribeirão das Neves (MBH), Ronaldo Magalhães, afirmou que durante o período chuvoso os gastos com manutenção da empresa sobem cerca de 20%. "O tempo de viagem fica mais longo. Logo, gasta-se mais com combustível e os caminhões têm mais desgaste em razão do precário estado de conservação das rodovias. Tem caminhão que volta com pneus cortados", disse.

 

Ele ressaltou que, com a dificuldade de acesso para várias cidades, muitas entregas estão atrasadas. De acordo com Magalhães, que também é vice-presidente da Associação dos Atacadistas e Distribuidores de Minas Gerais (Ademig), a empresa vende para todo o país, sendo que Minas Gerais responde por cerca de 30% das vendas.

 

O diretor da Embrasil disse que a comercialização de produtos da linha de Natal deve empatar frente ao ano passado, já o resultado global deve ser positivo, com crescimento da ordem de 12%.

 

Sem acesso - Segundo o diretor comercial da Tecidos e Armarinhos Miguel Bartolomeu S/A (Tambasa), localizada em Contagem (RMBH), Alberto Portugal, há caminhões da empresa voltando cheios já que não há acesso viável para muitos municípios no Estado. "Há cidades ilhadas e comércio inundado, com é o caso de Ponte Nova", ressaltou.

 

Além de Ponte Nova (Zona da Mata), as cidades de Divinópolis (Centro-Oeste), Brumadinho e Betim (ambas na RMBH) foram alguns dos municípios mais atingidos pelas chuvas em Minas Gerais.

 

Portugal frisou que as precipitações dos últimos dias deixam mais evidentes o mau estado de conservação das rodovias, que ajudam a aumentar os custos das empresas atacadistas com manutenção e combustíveis, que podem até mesmo chegar a dobrar.

 

Conforme o diretor da Tambasa, o Estado representa 38% das vendas da empresa, seguido pela Bahia, com 17%. "No começo de novembro começamos a fazer as entregas para o Natal. A melhor época do ano para a empresa vai de setembro a janeiro", observou.

 

Ele estima que as vendas natalinas neste ano possam apresentar expansão da ordem de 22% frente ao ano passado. "Para o ano, nossa projeção é de crescimento de 22%, superior ao resultado do ano passado, com alta de 19,3%", disse.


 
Veículo: Diário do Comércio - MG


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