Os representantes das entidades de classe de Blumenau concordam com o empurrão para o desenvolvimento dado pela instalação do Neumarkt. Porém, reconhecem que nos anos 1990 houve uma certa preocupação com a concorrência do novo empreendimento. Emílio Rossmark Schramm, presidente em exercício do Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau (Sindilojas), comandava a Câmara de Dirigentes Lojistas em 1993 e lembra que a entidade decidiu apoiar a novidade:
– Víamos ali um futuro que sabíamos que era inevitável. Se não fosse o Neumarkt, seria outro. Hoje, eu diria que existe antes e depois do shopping para o comércio de Blumenau – analisa.
O ex-presidente da Associação Empresarial de Blumenau, Hans Martin Meyer, reconhece que na época houve apreensão entre os comerciantes após o anúncio do novo centro de compras:
– Nossos associados viam com muita preocupação, mas foi por causa do shopping que os comerciantes da (rua) XV começaram ações aos sábados para mostrar que o comércio estava atuante e que o novo empreendimento só viria para somar.
Apesar do receio, o shopping acabou sendo incorporado ao cotidiano do blumenauense. Hoje, além de reconhecer o impulso dado às mudanças, os representantes dos empresários consideram o Neumarkt uma referência. Para o presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes, o shopping continua sendo uma fonte de inovações para o comércio, e não um concorrente:
– Hoje o varejo é um dos segmentos que mais cresce em Blumenau. Tem espaço para todos.
Veículo: Jornal de Santa Catarina